Conheça Santarém

Santarém

Conta uma antiga lenda que havia na Lusitânia uma cidade chamada Nabância, onde viviam dois nobres godos, Ermígio e Eugênia, que tinham uma formosa filha chamada IRENE ou IRIA.

Irene, desde criança, fora destinada à vida religiosa, sendo educada em um convento próximo à sua residência, por duas tias freiras.

Certo dia, um fidalgo de nome Teobaldo viu-a no cláustro e ficou perdidamente apaixonado por ela. Pediu-a em casamento, não sendo porém atendido, pois Irene pretendia tornar-se freira. Enfurecido, Teobaldo decidiu raptá-la, o que conseguiu, após narcotizá-la, auxiliado por serviçais.

Passado o efeito do narcótico, o fidalgo foi novamente repelido por Irene, pelo que Teobaldo degolou-a e lançou seu corpo ao rio Tejo, indo dar à praia em frente à cidade de Escalabis. Ali, anjos recolheram o corpo de Irene e lhe construíram magnífico túmulo de mármore alvinitente.

A notícia espalhou-se por toda a Lusitânia e de toda parte acorria gente para venerar o túmulo da virgem mártir. Mais tarde, a cidade de Escalabis teve seu nome mudado para Santa Irene, que os portugueses pronunciavam Sant"Irene, daí corrompendo-se facilmente para Santarém.

Ainda hoje esta cidade portuguesa chama-se Santarém, e foi daí que Mendonça Furtado tirou o nome para a nossa Santarém, como uma homenagem dos portugueses que fundaram a vila à cidade lusitana do mesmo nome. Nome este, dado à aldeia dos Tapajós quando esta foi elevada à categoria de vila em 14 de março de 1758.

Artesanato

Observa-se duas técnicas utilizadas pelos artesãos, a primeira se pintavam paisagens regionais nas cuias, com tintas desenvolvidas pelos artesãos utilizando os tingimentos retirados das sementes coloridas da floresta onde cada um buscava sua maneira de fazer suas próprias tintas, a segunda é o bordado aplicado de canivete onde traços utilizados em cerâmicas eram riscados nas cuias dando assim relevos de combinações entre o preto do cumaquê e a cor original da cuia.

Uma artesã famosa de Santarém na década de 40 chamava-se Eiláh Gentil que trabalhava com patichouli e plumário, peças onde plumas se entrelaçavam com as raízes do patichouli com criatividade e a arte impar da artesã, na década de 50 surgiu as bonequeiras, mulheres artesãs que faziam bonecas utilizando produtos da floresta e outros utensílios contemporâneos, as bonequeiras foram desaparecendo com a produção industrial que trouxe as bonecas mais sofisticadas de porcelana e outras resinas atuais.

Dança

A dança santarena tem suas raízes no folclore brasileiro, boi bumba, quadrilhas juninas, a dança do carimbó, do marambiré, do tipiti, da macaxeira, até os dias de hoje quando se retrata no festival dos botos a dança da sedução, onde a lenda do encantado homem de terno branco que sai do rio e chega na festa para seduzir a cabocla para o amor.
Essa espontaneidade dos passos regionais vem da maneira de ser do nosso povo, o corpo coladinho, o rebolado do carimbó, o despertar da sensualidade que está na alma do brasileiro, todo esse universo artístico cultural está nas danças exibidas pelo nosso povo, com criatividade e muita alegria, são retalhos de passos e ritmos.

Fonte: site da Prefeitura de Santarém