O dia 8 de março é uma data emblemática que marca as lutas vivenciadas pelas mulheres em 1857. A busca por equidade de gênero, salário e respeito são questões básicas, mas que até hoje, infelizmente, ainda são realidade. Por isso, a data se faz necessária, não só para celebrarmos, mas, acima de tudo, refletirmos sobre essas questões. E para isso, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará, por meio da Comissão de Incentivo a Participação Feminina e a Ascom do Regional, produziu uma série especial de vídeos com intuito de homenagear as servidoras, prestadoras de serviço e estagiárias do Regional.

A presidente da comissão feminina, juíza Luzimara Costa Moura, fala sobre a importância da data. “O dia 8 de março é um símbolo dos desafios enfrentados por mulheres do mundo todo na busca por direitos e igualdade, servindo também como um lembrete de que ainda há muito a ser feito. A violência contra a mulher segue liderando as denúncias, porém, não devemos baixar a guarda, o empoderamento feminino é a principal arma que temos e devemos usá-la sempre. A série de vídeos será divulgada em nossas redes sociais, facebook, instagram e youtube, espero que todos acessem e assistam. ”

A série “Elas São o Máximo” traz narrativas de mulheres que expõem suas dificuldades diárias, tanto na área pessoal, quanto profissional. Essa dualidade traz consigo muitos desafios que foram pontuados pelas participantes.

Membro da Comissão de Incentivo a Participação Feminina do TRE, a juíza Mônica Soares Fonseca, falou sobre a importância de se comemorar essa data. “É muito importante que a gente comemore o dia 8 de março como forma de celebrar as conquistas femininas que trouxeram a ressignificação do papel da mulher na família e na sociedade”, afirmou a juíza. Segundo a juíza, entre essas conquistas, estão o direito de votar e ser votada, pleno direito de exercer a cidadania, de atuar no mercado de trabalho e ocupar o lugar de sua escolha com dignidade.

A juíza também pontua que, mesmo com passar do tempo, ainda existem mulheres que sofrem algum tipo de preconceito. “Após tantos anos de luta, em pleno o século 21, muitas mulheres ainda enfrentam a questão da desigualdade salarial em relação aos homens que ocupam a mesma função”. Outro ponto importante destacado pela magistrada é a violência doméstica que ainda faz muitas vítimas. “Não podemos esquecer que, muitas mulheres sofrem violência física e psicológica dentro do seu próprio lar. Na maioria dos casos essa violência é praticada por seu companheiro e que, resistem à proteção garantida pela lei “Maria da Penha”. Eles se sentem donos da mulher e não conseguem enxergá-la como um sujeito de direitos. Durante a pandemia, por exemplo, ouve um aumento significativo nas denúncias referente à violência doméstica”.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil registrou 648 casos de feminicídios no primeiro semestre de 2020. Esse número representa 1,9% a mais que no mesmo período de 2019, durante o período de início da quarentena causada pela crise da covid-19. O anuário aponta ainda que houve um aumento de 3,8% nas chamadas para o 190 sobre casos de violência doméstica, chegando a um total de 147.379 chamadas. Ainda de acordo com o FBSP, uma mulher é morta a cada nove horas durante a pandemia no Brasil.

Para ter acesso ao compilado de vídeos basta acessar as redes sociais do TRE do Pará. A série estreia na segunda-feira, 8. Toda semana um novo episódio será publicado até o final do mês de março.