Passaporte Belém

Belém do Pará

Belém do Pará é uma cidade que resguarda o direito de ser múltipla. Com mais de 1 milhão e 400 mil habitantes, é uma cidade contemporânea, mas que mantém uma certa ingenuidade em suas raízes caboclas. Bucólica, é conhecida por suas praças ladeadas de mangueiras e por seus casarões de séculos que parecem longínquos, vestígios da riqueza gerada no ciclo da borracha. Paisagens que seduzem, assim como as fontes de águas doces que desembocam nos rios, baías, igarapés e praias paradisíacas que entrecortam as regiões próximas da chamada “Metrópole da Amazônia”. Em Belém, o tempo acelerado da vida moderna convive em harmonia com a tradição. As pessoas que vivem nesta cidade reconhecem as nuvens antes da chuva, sabem o segredo dos traçados milenares da cerâmica marajoara, têm o molejo do carimbó e fazem do açaí e do peixe parte indispensável das refeições, nas mais exóticas e saborosas combinações que já encantam o mundo.

Arquitetura

Belém guarda nas estruturas de pedra e barro de alguns de seus principais ícones arquitetônicos um relato da história. Uma arquitetura eclética que guarda preciosidades dos tempos da fundação da cidade, as primeiras praças do projeto urbanístico, além dos casarões e teatros do período da borracha. Igrejas do século XVIII encravadas nas ruelas do bairro da Cidade Velha colocam o visitante em contato direto com o estilo barroco-colonial e neoclássico do arquiteto italiano Antônio Landi que, vindo com a Expedição Demarcadora dos Territórios Portugueses no Norte do Brasil, se tornou responsável por um inestimável patrimônio arquitetônico de Belém.

Culinária

Adentrar no universo gastronômico paraense é dispor-se a experimentar os extremos de sabor que o paladar humano pode reconhecer. Uma culinária colorida, de aromas inebriantes e sabores encorpados. Pratos que contam com ingredientes típicos da fauna e flora locais em combinações nada óbvias, as quais resultam em iguarias deliciosas que não permitem comparações. Exemplo disso são três pratos ícones da culinária regional: o tacacá, espécie de caldo feito com tucupi, goma de mandioca, jambu e chicória; o vatapá, feito com trigo, camarão e jambu; e a maniçoba, com folhas de maniva cozidas com pedaços de porco.

Festas e Cultura

Conhecer o Pará é também conhecer a alegria e a fé de seu povo. É descobrir o clima de festa e solidariedade que se espalha pelo Estado durante o mês de outubro, quando dois milhões de pessoas se concentram na capital para participar do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará. Durante a maior festa religiosa do Brasil, é possível observar o resgate mais fiel dos ritos sagrados e profanos típicos das civilizações antigas. Conhecer o Pará não é só experimentar os seus pratos típicos, freqüentar os seus pontos históricos, mas é também descobrir que o carimbó, o brega e o calipso, além de extremamente divertidos, são ritmos legitimamente brasileiros, pois trazem em suas raízes a mistura de sonoridades africanas, indígenas e latinas. Conhecer o Pará é descobrir a riqueza imaterial e poética de sua gente.

Fonte: Hangar Centro de Convenções