Palestras marcam comemorações pelo Dia Internacional do Homem no TRE
Evento abordou temas relevantes a mulheres e homens como a necessidade do cuidado com a saúde mental masculina e a questão do gênero e masculinidades.

O Dia Internacional do Homem comemorado amanhã (19) foi celebrado na tarde hoje (18), na sede do TRE do Pará com a “Mesa Redonda em Alusão ao Dia Internacional do Homem”. O evento contou com as palestras “Gênero e Masculinidades”, da juíza de Direito, Reijjane de Oliveira e “Homem que é homem também cuida da saúde mental”, com a psicóloga Rosana Faraon.
A abertura do evento, organizado pela Comissão de Incentivo à Participação Feminina do TRE (CIPF), via Coordenadoria de Educação e Desenvolvimento (Codes), foi feita pela juíza substituta da Corte Eleitoral, Rosa Navegantes, presidente da Comissão, que destacou a importância da data. “Ela tem o objetivo de conscientizar a população masculina sobre os cuidados que devem tomar com a saúde”, ressaltou.
Em seguida, a coordenadora da Codes, Ingrid Agrassar fez questão de agradecer a participação de todas e de todos, tanto de forma presencial quando através do YouTube do tribunal. “Quero agradecer aos nossos colegas do tribunal e principalmente das zonas eleitorais, mulheres e homens que estão acompanhando esse trabalho, porque essa luta é de todas e de todos, é uma luta da sociedade”, resumiu.
A presidente do TRE, a desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento esteve no evento e reforçou a necessidade de todas e todos caminharem lado a lado em prol da coletividade. “Mulheres e homens precisam estar juntos para a construção de uma sociedade mais justa”, disse ela, que reforçou ainda, nesse sentido, a importância dessa parceria. “Nós, mulheres sentimos que precisamos sim estar ao lado dos homens para que juntos possamos fortalecer uma visão de melhoria contínua de relação humana”, completou.
A primeira palestra foi da juíza de Direito, Reijjane de Oliveira, que dentre outras coisas abordou as masculinidades hegemônicas e plurais. “Temos muitos tipos de masculinidades, uma delas é a hegemônica, que está relacionada ao homem branco, ocidental, financeiramente estável e heterossexual, assim como temos a masculinidade cúmplice, que está relacionada a acomodação para o benefício do sistema patriarcal”, citou.
A apresentação seguinte foi da psicóloga Rosana Faraon que falou, entre outras questões, sobre a dificuldade que a maioria dos homens enfrenta de procurar ajuda para tratar da saúde, especialmente a mental. “O machismo de fato ele é destrutivo tanto para nós mulheres, quanto para os homens, porque eles sofrem e em muitos momentos de dor, diante da morte da mãe, por exemplo, não conseguem nem chorar. Eles se fecham e isso causa sofrimento, um sofrimento que é reprimido e tudo o que é reprimido, uma hora se manifesta”, alertou.
Alexandra Cavalcanti / Ascom TRE do Pará.