Palestra debateu o empoderamento e a formação de lideranças femininas

Ministrada pela pós-doutora em Serviço Social na Educação, Sarita Amaro, a programação debateu temas como os obstáculos que ainda são enfrentados para que as mulheres ocupem cargos de poder e a necessidade diária do fortalecimento das lideranças femininas.

Palestra debateu o empoderamento e a formação de lideranças femininas.
Imagem: Leonardo Moraes / Ascom TRE do Pará.

Como parte das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará) realizou na terça-feira, dia 5, uma palestra online com o tema "Empoderamento e Formação de Lideranças Femininas". Organizada pela Escola Judiciária Eleitoral do Pará (EJE/PA), pela Ouvidoria da Mulher do Tribunal e a Comissão de Incentivo à Participação Feminina (CIPF), a palestra foi facilitada pela assistente social escritora e pós-doutora em Serviço Social na Educação, Sarita Amaro.

A abertura oficial da programação foi feita pela ouvidora da Mulher do Tribunal e coordenadora da CIPF, juíza Blenda Rigon, que destacou a importância do momento.

"Na semana da mulher, o TRE do Pará inicia os trabalhos com uma convidada especial para nos falar sobre empoderamento feminino e dos obstáculos ainda hoje enfrentados; pode ser clichê, mas, nós mulheres precisamos ser extraordinárias quando se trata de ocupar cargos de liderança em comparação aos homens. Eles desenvolvem, algumas vezes, um sentimento de diminuição quando são liderados por mulheres. E essa situação se agrava ainda mais quando se trata da dimensão econômica, porque chega a impedir que mulheres ascendam profissionalmente e isso é fruto de uma cultura generalizada de desigualdade de gênero. Não é algo pessoal, mas cultural", analisou.

Em sua fala, a palestrante Sarita Amaro frisou temas como a identidade e a potência feminina, os obstáculos que ainda são enfrentados para que as mulheres ocupem cargos de poder, a necessidade diária do fortalecimento das lideranças femininas e sobre a sororidade, que é a rede de apoio entre as mulheres.

"Quem somos nós? A construção da identidade feminina nos antecede e traz uma memória histórico-cultural que nos precede. Foi passada de família em família, de sociedade em sociedade. Nos incomodamos com as instituições, mas estamos inseridas nelas. Quem sou eu mulher? Somos frutos dessa memória que nos chega através de uma linguagem, pois a mulher é nominada e designada como mulher. Quando tentam nos desqualificar nominalmente e, muitas vezes, mesmo quando nos elogiam é para nos diminuir", alertou.

Sobre a forma como as mulheres lidam com o poder, Amaro destacou que "a mulher tem a sua maneira de conjugar o verbo poder. Na conjugação feminina, esse verbo é ouvir, compreender, abrigar, acolher. Acolha alguém e você estará aproximando aquela pessoa de si, isso é poder", explicou.

Sarita também citou algumas referências de representações femininas em diferentes momentos da história e da cultura dos povos como a esfinge mitológica, Sherazade e as Mil e Uma Noites, a jovem indiana Malala Yousafzai, que reinvindicou o direito das mulheres aprenderem a ler e escrever, entre outros exemplos de lideranças femininas.

"Hoje, na minha opinião, liderar é lembrar que muitas mulheres deram a vida para eu estar aqui com vocês nesta conversa. Mulheres líderes nós já somos, mas, no campo corporativo, esse olhar precisa ser panorâmico e, com a realidade do presente, precisamos analisar o que vai acontecer no futuro", pontuou.

E concluiu ressaltando que ninguém precisa validar o poder e a capacidade das mulheres. "A mulher precisa se autoreconhecer em sua importância e potência. O empoderamento é intrínseco, já nasce com a gente, pois, semeamos desejos em nós e precisamos realizá-los. Não é o outro que me empodera, sou eu que me empodero e não precisamos dos homens para nos validar", finalizou.

Após a exposição do tema, a ouvidora da Mulher, juíza Blenda Rigon, encaminhou algumas perguntas feitas pelas pessoas que participaram da transmissão e agradeceu à palestrante pelas reflexões que trouxe para todas e todos.

Para ver e/ou rever a transmissão, é possível acessar o canal oficial do TRE do Pará, no Youtube, ou clicar no link direto abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=YalBPz6OmLo

Texto: Rodrigo Silva / Ascom TRE do Pará.



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