Em Santarém, obras da Usina Solar aceleram com a instalação de 100% das placas
Em junho, duas carretas entregaram mais de duas mil placas solares, totalizando os 2.576 módulos. Em julho, a instalação avançou rapidamente e, até o fim do mês, todas as placas estavam montadas, atingindo 100% de conclusão dessa etapa.

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará) avança na construção de sua primeira usina solar, localizada em Santarém, que, em julho de 2025, já concluiu a instalação de 100% das placas fotovoltaicas, em um total de 2.576. Com potência prevista de 1,7 megawatts-pico (MWp), o projeto promete transformar o consumo de energia do Tribunal, reduzindo despesas e fortalecendo a política de sustentabilidade da instituição.
Avanços
O andamento do projeto em 2025 foi marcado por diferentes etapas. Em janeiro, a área contava com terraplenagem, drenagem, muro de proteção e estruturas para os painéis solares. Em abril, o presidente do TRE do Pará, desembargador José Maria Teixeira do Rosário, acompanhado do diretor-geral do Tribunal, Bruno Giorgi Almeida, da secretária de Administração, Hérika Sodré, e da equipe de engenharia, formada por Diego Lopes, titular da Coordenadoria de Edificações e Infraestrutura (Coedi), e Paulo Bittencourt, chefe da Seção de Engenharia, visitaram o canteiro de obras, quando chegaram as primeiras 200 placas. A visita reforçou a importância do projeto para a modernização e sustentabilidade do Tribunal.
Nos meses seguintes, a execução da obra acelerou. Em junho, duas carretas entregaram mais de duas mil placas solares, totalizando 2.576 módulos. Em julho, a instalação avançou rapidamente e, até o fim do mês, todas as placas estavam montadas, atingindo 100% de conclusão dessa etapa. Durante esse período, o diretor-geral do TRE do Pará realizou nova visita à usina para acompanhar de perto a evolução da instalação dos módulos fotovoltaicos.
Segundo a secretária de Administração, Hérika Sodré, a próxima fase será dedicada à parte elétrica, com o lançamento do cabeamento, instalação de 12 inversores, conexão das placas à subestação e posterior integração à rede da Equatorial Energia. Após essa etapa, serão realizados os testes finais para o início da geração efetiva de energia.
Desafios
O andamento do projeto exigiu ajustes ao longo do caminho, mas todos os desafios foram superados com reforço no acompanhamento técnico.
O diretor-geral Bruno Giorgi Almeida explicou que a obra passou por um momento crítico, mas com o acompanhamento técnico adequado, o obstáculo foi resolvido. “Dois meses e meio atrás, a obra da nossa usina fotovoltaica parecia sem saída. A empresa responsável enfrentava dificuldades financeiras e o risco de paralisação era real. Optamos pelo diálogo e pela construção de soluções conjuntas com a empresa e os fornecedores", afirmou.
Com essas ações, as etapas da construção da usina avançaram significativamente. “Hoje, transformamos uma crise em resultado: 75% da obra já está concluída e estamos próximos de entregar um projeto que vai gerar economia e sustentabilidade para o Tribunal”, destacou o diretor-geral.
Impactos ambientais e sociais
Além da economia financeira, a usina representa um marco ambiental e social para o TRE do Pará. A energia limpa gerada reduzirá a emissão de gases de efeito estufa e servirá de incentivo para novas ações sustentáveis no setor público. O impacto também se reflete na urbanização do entorno, já que o terreno antes era uma área abandonada, sujeita a acúmulo de lixo, queimadas e alagamentos.
Para viabilizar o projeto, o Regional, em parceria com a prefeitura de Santarém, realizou obras de drenagem, canalização de um córrego, limpeza e urbanização completa. “Pegamos um terreno que não tinha uso, fizemos toda a drenagem e urbanização, e hoje ele abriga um projeto de grande impacto, que vai gerar energia limpa e economia para o TRE do Pará”, reforçou Hérika Sodré.
Instalada em um terreno de 14 mil metros quadrados cedido pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), a usina será capaz de suprir cerca de 60% da demanda de energia elétrica de todas as unidades do Tribunal no estado. A estimativa é de uma economia anual de aproximadamente R$ 2 milhões de reais.
Segundo a secretária de Administração, o impacto será significativo para o orçamento, já que a conta de energia mensal do órgão gira em torno de R$ 280 mil e pode aumentar conforme os reajustes tarifários. “Ao diminuir a conta de energia e conseguiremos aplicar os recursos em outras áreas, como modernização do atendimento ao público e ações itinerantes”, concluiu.
A previsão é que a usina entre em operação plena até dezembro de 2025.
Texto: Ana Beatriz Manarte / Ascom TRE do Pará.
Imagem: Leonardo Moraes, Thales Puget / Ascom TRE do Pará e Secretaria de Administração.