"Imaginários de um Norte", com obras de 14 artistas, está aberta ao público no CCJE

O Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará abriu a programação de 2025 com o vernissage da mostra que reúne diversas formas de arte em celebração às identidades amazônicas.

"Imaginários de um Norte", com obras de 14 artistas, está aberta ao público no CCJE

O vernissage da exposição coletiva "Imaginários de um Norte", realizado na noite de quarta-feira, 06 de agosto, lotou a galeria do Centro Cultural da Justiça Eleitoral (CCJE), localizado no centro histórico de Belém, no bairro da Campina. Marcando o início da programação artística de 2025 no espaço, o evento reuniu artistas, servidores da Justiça Eleitoral e o público amante de obras de arte. Um momento singular, conforme destacou o vice-diretor da Escola Judiciária Eleitoral (EJE), Marcus Alan de Melo Gomes.

Durante a abertura da mostra, o magistrado, que integra a Corte do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará), reforçou a importância da instituição abrir as portas e se aproximar da população também por meio da arte e da cultura. “É fundamental entender que a cidadania também se manifesta através da cultura e da contemplação da arte. Ao disponibilizar suas instalações para exposições como esta, com obras inspiradoras que motivam a imaginação, a Justiça Eleitoral está criando um espaço de cidadania”, afirmou o juiz.

Com a exposição, o CCJE abre as portas para o público conhecer e prestigiar as obras de 14 paraenses, que, por meio da arte, fazem um mergulho pelas identidades amazônicas. “É um momento de celebração da cultura regional. Uma oportunidade também para darmos visibilidade ao nosso Centro Cultural, um espaço lindo e privilegiado no centro histórico de Belém. Os artistas paraenses ganham um local para expor seus trabalhos, e nós inserimos o CCJE na cena artística da cidade”, destacou a coordenadora do Comitê Gestor do CCJE, Nathalie Castro.

“Imaginários de um Norte” inclui pinturas, objetos, fotografias, instalações e ilustração digital. Obras que destacam as experiências sociais, culturais, espirituais e ambientais de quem vive na Amazônia, muito além dos estereótipos sobre a região. "A mostra apresenta uma Amazônia que inclui desde o cachorro na rua até as memórias de infância, como os banhos nas praias de Mosqueiro. Nosso território é feito de sonhos, ancestralidade, afetos e crises políticas, econômicas e ambientais. Em vez de uma visão óbvia, cada artista trouxe sua subjetividade sobre esses temas”, explicou Karina Martins, fotógrafa e curadora da exposição.

Com o trabalho denominado “Comércio e escambo nos rios da Amazônia”, o artista plástico Sérvulo Pinheiro apresenta três pinturas em acrílica sobre tela. Autodidata e com mais de 30 anos de carreira, ele explica que o trabalho é inspirado nas suas viagens e conexões com o povo ribeirinho. "É uma crítica social que retrata as formas de comércio nos rios e portos paraenses", destaca o pintor.

Quem visitar a mostra também vai encontrar um jacaré, no chão da galeria. Amordaçado e amarrado, o animal, feito com rejeitos jogados nos rios, igarapés e canais de Belém, denuncia a crise ambiental na região. “O jacaré foi construído com lixo, como latas de alumínio, sacos plásticos e garrafas de detergente. Esses materiais representam os poluentes - alumínio, mercúrio e outros metais pesados - que contaminam rios e mananciais”, informa Marcelo Lobato, autor da instalação.

As belezas e singularidades das mulheres amazônicas também estão em destaque na exposição. Com a obra intitulada "Meninas de Breves”, a artista Maitê Nogueira conta que se inspirou nas tradicionais namoradeiras, aquelas esculturas que ficam nas janelas. As namoradeiras da artista, porém, são paraenses, com um toque da cultura local, como a estampa de chitão e a referência ao carimbó. “A Amazônia não se resume ao açaí e à natureza, mas também às pessoas que a habitam. Então o meu objetivo com esse trabalho é retratar a diversidade da mulher amazônica, com diferentes tons de pele e de forma sugestiva”, analisa a autora.

A mostra também reúne obras de mais 10 artistas locais: Dannoelly Cardoso, Gabriela Maurity, Jair Tagore, Jesus da Conceição, Jô Santo, Laís Cabral, Marco Lima, Marco Serrão, Maria José Batista e Renata Segtowick. Quem costuma frequentar exposições reforça a importância de acompanhar o movimento artístico de Belém, como é o caso do psicólogo João Pedro e da estudante de arquitetura Loize Ramos.

“Achei a exposição muito diversa, com instalações, esculturas, pinturas e fotografias. O espaço é ótimo e a visita valeu muito a pena. Espero que mais pessoas venham prestigiar a mostra”, afirmou o psicólogo. Já para Loize, o hábito de visitar exposições ajuda a manter viva a cultura artística. “A Amazônia precisa continuar em alta, sendo celebrada e interpretada de diversas formas, para além dos estereótipos já conhecidos”, reforçou.

Serviço:

Exposição: "Imaginários de um Norte"

Período: 7 de agosto a 5 de outubro de 2025

Horário de Visitação: das 8h às 14h (entrada gratuita)

Local: Galeria do Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará (CCJE).

Endereço: Rua João Diogo, 254, bairro da Campina, centro histórico de Belém.

Curadoria: Karina Martins

Artistas: 14 artistas da região norte.

Texto: Elissandra Batista / Ascom TRE do Pará.

Imagem: Leonardo Moraes / Ascom TRE do Pará.

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