O clima de tranquilidade marcou a Eleição Suplementar no município de Monte Alegre, no oeste do Estado, neste domingo (09/09). A eleição foi definida pontualmente às 17h56 e a apuração encerrou às 18h38, confirmando a vitória do candidato Júnior Hage (PP) e do vice Ernande da Silva. O vencedor teve 20.253 ou 51,32% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou a candidata Josefina Carmo (MDB), com 9.441 ou 23,92% dos votos.

O número de eleitores que compareceram às urnas foi de 40.193, dos 51.080 aptos a votar; os votos nulos somaram 372 e brancos, 357.

O mandato dos eleitos terá duração de seis meses, ou seja, até 31/12/2024, com possibilidade de reeleição em outubro no pleito ordinário, que ocorrerá normalmente no município. A diplomação dos eleitos pelo juiz eleitoral do município pode ocorrer até o dia 07/07/2024, mas a previsão é que ocorra ainda no final deste mês, após o julgamento da prestação de contas. Depois disso, a Câmara Municipal de Monte Alegre vai decidir o dia da posse na casa.

O presidente do TRE do Pará, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior fez um balanço da eleição no município. “Tudo ocorreu na mais absoluta tranquilidade, sem intercorrências. Não tivemos dificuldades para materializar esse pleito determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral”, avaliou o presidente.

A diretora-geral do TRE do Pará, Natalhie Castro, também fez uma avaliação positiva. “Tudo transcorreu na mais absoluta normalidade. As seções eleitorais estiveram quase sem filas”, destacou.

O juiz eleitoral, Thiago Tapajós, informou que as eleições ocorreram dentro do esperado. "Não tivemos informação de nenhum crime eleitoral cometido, nem de outras intercorrências relevantes, como já era esperado", pontuou.

Para o secretário de Tecnologia da Informação (TI), Felipe Brito, a estratégia montada pelo TRE do Pará para atender à eleição suplementar cumpriu o seu papel. “Tivemos 39 locais de votação cobertos pelas equipes da STI, que ficaram responsáveis não só por monitorar todos os locais de votação, mas também por fazer eventuais substituições de urnas, que neste caso, ocorreram quatro, mas sem nenhum impedimento para a votação normal”, disse.

Essa tranquilidade também foi percebida pelos eleitores locais. A dona-de-casa, Liliane Santos, de 39 anos, por exemplo, contou que conseguiu votar, sem demora e sem fila. “Cheguei ao meu local de votação e fui logo atendida. Acho que não demorou nem dois minutos”, contou.

O assistente administrativo Mycharles Costa, de 20 anos, concordou. “Está tudo muito calmo e organizado”, afirmou.

Se para quem mora na cidade o clima tranquilo não gerou surpresa, para quem veio de longe e participou pela primeira vez, a surpresa foi grande. Esse foi o caso do presidente de seção, Matheus Almendra, que mora em São Paulo e pela primeira vez esteve no Pará, depois de uma viagem de 14 horas de avião. “Vim trabalhar nas eleições porque participo do concurso extrajudicial de cartórios e um dos requisitos para título é atuar em três eleições. Entrei no site do TSE e vi a eleição em Monte Alegre, me habilitei e vim. Achei tudo bem tranquilo e organizado pelo pessoal do TRE do Pará”, contou.

Peculiaridades

Além da tranquilidade, outra peculiaridade da eleição no município é o fato de grande parte dos locais de votação, do total de 128, estar localizada na zona rural, com 99 pontos, incluindo ainda 5 em área ribeirinha e 3 em comunidades quilombolas, enquanto 21 ficam na área urbana.

No município, foram instaladas 239 seções, distribuídas em 128 locais de votação. Para atender a todos esses pontos, o TRE do Pará montou 33 rotas de deslocamento terrestre e 4 por áreas de rios.

Texto: Alexandra Cavalcanti / Ascom TRE do Pará.