Mutirão de cidadania finaliza o Retoma Bio no nordeste do Pará
A programação, realizada em Marapanim, contou com a presença do presidente do TRE do Pará, desembargador José Maria Teixeira do Rosário, que é natural do município.

Cedinho, a fila já se formava em frente à Escola Eliofar da Costa, na Vila de Marudá, no município de Marapanim, nordeste do estado. Dezenas de pessoas foram à unidade de ensino, no dia 29 de novembro, em busca de cidadania e direitos por meio da emissão de documentos e serviços de saúde. A ação social, promovida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará), em parceria com a Prefeitura e a Câmara Municipal, com o apoio de outros órgãos como a Polícia Civil, finalizou a etapa nordeste do projeto “Retoma Bio: a democracia em movimento”.
O principal objetivo do “Retoma Bio” é ampliar o cadastro biométrico dos eleitores paraenses. Uma forma de garantir mais segurança e agilidade nas eleições de 2026. “A política de biometrização é uma medida do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E essa ação que encerra o projeto aqui no nordeste do Pará é uma demonstração de que a democracia está presente nesses trabalhos que visam o bem-estar da população", afirmou o presidente do TRE do Pará, desembargador José Maria Teixeira do Rosário, que é natural de Marapanim.
O município é um dos 49 da região que engloba outras cinco microrregiões, incluindo a do Salgado, composta por 11 cidades. Entre elas, Marapanim e Terra Alta formam a 32ª Zona Eleitoral do Pará, com mais de 38.000 eleitores. Em três dias do Retoma Bio, somente nos dois lugares, foram realizados 1.146 atendimentos, totalizando 5.825 em 16 municípios, 10 Zonas Eleitorais e 28 localidades do nordeste paraense, no período de 26 de outubro a 29 de novembro.
Do número total, já incluindo as 292 pessoas que procuraram os serviços eleitorais no último dia da programação em Marapanim, mais de 93% coletaram pela primeira vez ou atualizaram o cadastro biométrico na Justiça Eleitoral. “Uma das principais dificuldades do trabalho nessa região é o pouco engajamento da população, especialmente após o período pandêmico. E a retomada do cadastro biométrico facilita essa participação, especialmente nas comunidades mais remotas do estado", ressaltou o juiz da 32ª Zona Eleitoral, Ramiro Gomes.
Além da biometria e outras demandas como transferência de domicílio e atualização de dados na Justiça Eleitoral, a programação, na Escola Eliofar da Costa, ofereceu aos marapanienses serviços como a emissão das carteiras trabalho e identidade, segunda via gratuita das certidões de nascimento, casamento e óbito, além de atendimentos de saúde com vacinação, consultas, Exame Preventivo do Colo do Útero (PCCU) e testagem rápida.
“Encerrar esta etapa aqui, em uma escola, possui um simbolismo enorme. É neste espaço que se edifica o futuro, e a democracia também se manifesta na construção de um futuro equitativo para todos. Que o Retoma Bio continue sua trajetória com vigor, atravessando o Pará, unindo esforços e garantindo que cada cidadã e cada cidadão tenha pleno acesso ao seu direito de participar das eleições”, destacou o diretor-geral do Tribunal, Bruno Giorgi Almeida.
Desde o início do Retoma Bio, no último dia 06 de outubro, o número de pessoas biometrizadas já passou de 94% do total de 6.115.453 cidadãos aptos a votar em todo estado. "O cadastro biométrico precisa ser renovado a cada 10 anos. Isso garante que os dados estejam atuais, o que é essencial também para acessar os sistemas do governo federal, por meio de um convênio com o TSE", explicou a servidora Alda Gois, que coordenou a etapa nordeste juntamente com o servidor Márcio Rodrigues.
O projeto segue até o dia 22 de dezembro com as etapas sudoeste e Região Metropolitana de Belém, Barcarena e Acará. Quem perder as ações itinerantes pode fazer a coleta ou recadastramento biométrico nos cartórios ou postos de atendimento eleitoral.
Na Vila de Marudá, a Kelise Ferreira aproveitou para regularizar a situação dela, da mãe e da avó de 80 anos de idade. “Achei muito bom esse mutirão de serviços ser aqui na escola, perto de casa, pois seria complicado me deslocar com duas idosas até a sede do cartório, em Marapanim. E a biometria, para mim, é um sistema importante porque pode evitar fraudes trazendo mais segurança e agilidade, o que facilita muito para todos nós, inclusive no momento da votação", declarou a dona de casa.
No lugar conhecido como a terra do carimbó, o evento contou ainda com a música do grupo Uirapuru, um dos mais tradicionais de Marapanim. Além disso, crianças da educação infantil ao quinto ano da escola Eliofar da Costa dançaram o ritmo contando a história da cobra grande, uma das mais conhecidas lendas amazônicas. Uma mistura de cultura, arte e cidadania para ampliar cada vez mais o processo eleitoral e democrático, no estado.
Texto: Elissandra Batista / Ascom TRE do Pará.
Imagem: Thalles Puget / Ascom TRE do Pará.

