Biometria no Pará - A Amazônia na ponta dos dedos

Biometria no Pará - A Amazônia na ponta dos dedos

TRE-PA biometria no estado verde

Conhecido como a porta da Amazônia, o Pará possui um território maior do que muitos países e desponta como um dos mais importantes dos 27 estados brasileiros, com posicionamento estratégico na balança comercial e nos índices de desenvolvimento apresentados pelo País.

Em seus limites encontra-se a maior reserva mineral do mundo, uma riqueza ambiental ímpar, ainda não conhecida em sua plenitude, em razão da gigantesca diversidade de elementos de fauna e flora que habitam seu território, que também integra o pouco conhecido SAGA - Sistema Aquífero Grande Amazônia, evolução do anteriormente batizado Aquífero Alter do Chão, que forma a maior reserva de água doce do mundo, que poderia abastecer todo o planeta por 250 anos.

É dentro desse universo que estão inseridos todos os esforços que a equipe do Tribunal Regional Eleitoral do Pará tem empreendido para que os 144 municípios paraenses sejam atendidos com o processo de revisão biométrico obrigatório. Com a segunda etapa concluída no dia 31 de maio, com grande sucesso, o TRE do Pará inicia hoje (27) a terceira e última etapa de cadastramento biométrico, que deve ser concluído até final de novembro de 2019, e e todos os que o integram já colecionam um sem fim de histórias – e estórias  – vivenciadas nas inúmeras localidades por onde têm passado.

Além dos grande centros, muitos municípios possuem sua estrutura de logística bastante complexa e com diversas comunidades afastadas da sua sede, posicionadas em zonas rurais de difícil acesso, o que demanda uma operação envolvendo um grande número de pessoas equipadas com estrutura suficiente para permitir o cumprimento dessa importante missão, mas um dos maiores insumos das equipes envolvidas no processo da Biometria é o compromisso com a missão cumprida e o alcance do objetivo final, que é a garantia do direito do cidadão de exercer o seu direito de voto da melhor maneira possível.

Esse foi o caso, por exemplo, de municípios como Abaetetuba e Cametá, situados, respectivamente, às margens direita e esquerda do rio Tocantins, e que estiveram entre os municípios da segunda etapa. Abaeté, como é conhecida de forma carinhosa, é a cidade-pólo da Região do Baixo Tocantins, e a 7ª mais populosa do Estado e Cametá é um dos mais antigos municípios paraenses, tendo sido capital do estado durante 11 meses, no período da Cabanagem. As servidoras Glayce Carvalho e Alda Mendes, que coordenaram a biometria nessas localidades, nos contaram um pouco sobre a experiência de estar à frente de um processo tão amplo:

Ascom - O Pará é um Estado maior do que muitos países e possui peculiaridades muito próprias. Como foi o processo de biometria coordenado por vocês?

Glaycee Alda- Enriquecedor, conhecendo as diversidades regionais, traçando o plano de Biometria de acordo com a realidade local, enfrentando e vencendo grandes desafios, como distância, adversidades geográficas e meios de transporte escassos, um verdadeiro estudo da cultura e costumes do município.

 

Ascom - A equipe de vocês era formada por quantas pessoas e como era o deslocamento?

Glaycee Alda - Uma equipe de 25 pessoas, distribuídas em 12 guichês no cartório eleitoral e 5 guichês nas ações itinerantes, além da área de entrega e triagem.

No atendimento itinerante, o deslocamento da equipe e do material para as ilhas e distritos foi feito por meio de lancha cedida pela Prefeitura, nossa parceira na Biometria. Para o deslocamento ao Distrito de Beja, utilizamos um veículo van também cedido pela Prefeitura.

 

Ascom - Como foi o processo de planejamento dessa ação e que situação lhes pareceu mais peculiar?

Glaycee Alda - Todo o planejamento foi elaborado com a participação expressiva do Cartório Eleitoral, além da colaboração dos líderes comunitários. Inicialmente o atendimento foi concentrado no posto instalado no Cartório, localizado no centro da Cidade. A partir daí, acompanhamos o comparecimento diário do eleitor, com olhar atento à região ribeirinha. Com a campanha consolidada no município, refletindo um comparecimento estável de 500 eleitores/dia em média, avançamos com as ações itinerantes no interior, no mês de abril na Vila de Beja e em maio nas ilhas de Maracapucu e Ajuaí, sempre com o apoio logístico da Prefeitura local, sem desmobilizar o posto da cidade.

 

Ascom - Vocês ficaram à frente das ações de biometria do TRE do Pará em municípios com colégio eleitoral volumosos e bastante peculiares, como Abaetetuba e Cametá, com um emaranhado de rios e comunidades de acesso complexo, e a coleta de todos os dados deve ter lhes proporcionado a vivência de momentos únicos. Vocês podem nos destacar alguns?

Glayce e Alda - Apesar da proximidade da capital, Abaetetuba e Cametá preservam tradições e costumes peculiares.  A rotina dos ribeirinhos, com suas expressões populares, demonstram um certo orgulho da condição ribeirinha.

Levamos na bagagem um grande aprendizado por meio da convivência com um povo simples e incrivelmente talentoso que transforma o miriti e açaí em arte, na culinária e artefatos que se espalham pelo mundo afora.

 

Ascom - Abaetetuba e Cametá alcançaram marcas históricas em um tempo muito reduzido, ambas alcançando quase 90% de todo o eleitorado passando pelo processo de biometria, e muito antes do prazo final. Qual a sensação que o alcance dessa meta proporciona a todos?

Glaycee Alda - A sensação do dever cumprido, da conquista não apenas de um expressivo número, de uma meta, mas do direito à cidadania de um povo simples e humilde, rico na dita sabedoria popular, distribuído no vasto e complexo território de Abaetetuba, o 7º município mais populoso do Pará, com 156.292 habitantes e mais de 100.000 eleitores. Varremos o município de mãos dadas com a comunidade.

A maior satisfação foi chegar aos locais mais distantes da zona urbana e atender um número expressivo de eleitores, com objetivo final de angariar os 80%, o qual atingimos antes do prazo estabelecido.

 

Ascom - De toda essa ação, qual a lembrança que seguirá para sempre com vocês?

Glayce e Alda - Sem união, sem parceria, nada é possível.

Felipe Brito, secretário de tecnologia do TRE do Pará, destaca que “o maior desafio de fato de levar a biometria a todo o Pará recai sobre alcançar todos os eleitores, porque a cada município que ele leva o cadastramento na modalidade revisional, ou seja, obrigatória, ele preocupa-se em trazer os entes municipais e outras associações e discutir e entender como está disperso esse eleitorado e fazer ações itinerantes que alcancem a todos eles, inclusive áreas ribeirinhas, utilizando embarcações de todos os tipos e tamanhos imagináveis, aproveitando-se, algumas vezes, dos próprios locais de votação como posto de atendimento itinerante, outras vezes trazendo esse eleitor do interior para fazer um cadastramento diferenciado, com acesso prioritário dentro do próprio posto principal, então, para cada localidade é importante que o tribunal entenda essa realidade, para que possa alcançar a totalidade desses eleitores.”

A terceira etapa do recadastramento biométrico inicia hoje (27), e atenderá, até novembro de 2019, 29 municípios, concluindo assim o processo da biometria nos 144 municípios do Pará. Nesta quinta-feira os 7 primeiros municípios a iniciarem a revisão serão Benevides, Mãe do Rio, Moju, Novo Repartimento, Porto de Moz, Tailândia e Vigia. O Presidente do TRE, desembargador Roberto Moura, participará de cerimônia oficial de lançamento da terceira etapa no período da tarde, no município de Vigia, contando com a presença da Prefeita e do presidente da Câmara de Vereadores local.

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