Escola Judiciária Eleitoral promoveu atividades do Eleitor do Futuro em Tomé-Açu, no nordeste paraense
A programação teve palestras sobre cidadania, participação política, a importância do voto, além de treino do voto nas urnas eletrônicas e emissão da 1ª via do título eleitoral com a coleta dos dados biométricos.

Na quinta e na sexta feira (dias 1° e 2 de junho, respectivamente), a Escola Judiciária Eleitoral (EJE) realizou as atividades do Programa Nacional Eleitor do Futuro (PNEF) na Escola Luterana do Centro Integrado de Missão (CIMI - Trindade), no centro de Tomé-Açu, e na Associação Cultural e Fomento Agrícola de Tomé-Açu (ACTA) localizada no distrito de Quatro Bocas.
No dia 1º, as atividades foram voltadas para as quase 120 alunas e alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Luterana - na faixa etária dos 12 aos 14 anos - e também participaram da programação realizada na Escola Luterana, crianças da Casa Lar, instituição que acolhe crianças em situação de vulnerabilidade. Na sexta-feira, dia 2, a programação na Associação Cultural recebeu aproximadamente 180 alunas e alunos do 2º ano do Ensino Médio (faixa etária dos 15 aos 16 anos), do turno da manhã, da Escola Estadual Dr. Fábio Luiz localizada no centro de Tomé-Açu.
O juiz da 39ª Zona Eleitoral (Tomé-Açu), José Ronaldo Pereira Sales, abriu a programação com uma reflexão sobre a responsabilidade do voto. "O voto e a escolha de vocês têm peso para a vida de vocês e da comunidade onde vivem", pontuou.
A coordenadora da Escola Judiciária Eleitoral, Valena Wanzeler, falou sobre a importância do voto e o fato de que ele não é um direito, mas uma conquista que levou tempo e a luta de muitas pessoas. Essa conquista precisa ser representativa. "O título eleitoral é uma forma de exercermos a cidadania e precisamos eleger candidatos que representem a nossa diversidade", afirmou.
O chefe da Seção de Cidadania, Capacitação, Pesquisa e Biblioteca, Valdízio Netto, explicou sobre o processo eleitoral e o funcionamento da urna eletrônica com destaque para o fato de que não é possível acessar o sistema do equipamento porque a urna não é ligada à rede e passa por vários testes de segurança até o dia da votação. "A urna eletrônica não é ligada à internet, o que não permite que hackers invadam os sistemas, portanto, nosso sistema é seguro", concluiu.
Também participaram da programação a chefa de cartório da 39ª Zona Eleitoral, Lena Leão, a servidora Natasha Gillet e as (os) servidoras (es) do cartório eleitoral de Tomé-Açu.
Ao final, a equipe do TRE entregou às escolas o certificado de instituições parceiras do PNEF e as alunas e os alunos puderam conferir de perto como funciona o modelo mais recente das urnas eletrônicas (2020) e receberam os kits do projeto com camisa oficial e cartilha informativa.
A diretora da Escola Luterana, Flávia Dantas, explicou que o momento foi "motivo de alegria porque preparamos as crianças para o futuro e apesar de não estarem na idade de votar podem atuar como agentes multiplicadores junto aos familiares e amigos no sentido de aprender corretamente os valores de acordo com o nosso lema que é de preparar indivíduos para ser cidadãos", disse.
Ester Mendes é assistente social da Casa Lar da Criança e Adolescente que funciona no bairro da Pedreira, em Tomé-Açu. Ela levou para participar da ação uma criança de 11 anos e uma adolescente de 12 anos acolhidos pela instituição que trabalha o acolhimento provisório e excepcional de crianças e adolescentes que tiveram os seus direitos violados por sofrerem abuso, maus tratos ou abandono.
"Estar aqui foi muito importante para que desde criança eles conheçam seus direitos como o voto que é o poder de escolha que não tínhamos até certo tempo e futuramente venham a exercer de forma livre a sua cidadania ", disse.
Para Rosália Soares, diretora da Escola Dr. Fábio Luiz, a atividade foi importante para trazer às alunas e aos alunos uma percepção da realidade na qual se encontram. "Eles estão em uma fase muito ativa da juventude e precisam estar atentos para a realidade. Aqui também puderam tirar dúvidas, conhecer o trabalho da Justiça Eleitoral no país e desfazer os mitos que são divulgados mesmo depois de meses do resultado oficial das eleições", avaliou.
Cidadania
As alunas e os alunos com mais de 15 anos de idade e que estavam com a documentação necessária coletaram os dados biométricos e emitiram o título eleitoral, como a Lana Silva (16) que é aluna da Escola Dr. Fábio Luiz. Para a jovem, "é muito importante votar e como fiquei sabendo na escola que ia poder tirar o título, quis antecipar pra não deixar para o último momento", explicou a estudante que já saiu do local com o título eleitoral em mãos.
Arthur Dantas (16) também esteve na programação e conta que ia procurar o cartório eleitoral para emitir o documento, mas como foi avisado sobre a atividade do Eleitor do Futuro, levou os documentos necessários e já garantiu a chance de exercer a cidadania. "Votar é algo muito necessário pra melhoria das políticas públicas como a saúde e educação e é muito bom já ter todos os documentos em mãos", contou o jovem que não conseguiu emitir o documento a tempo de participar das Eleições Gerais de 2022, mas disse estar ansioso para votar nas próximas eleições municipais.
Texto: Rodrigo Silva / Ascom TRE do Pará.

